Recanto feliz...

15/05/2011 – Já falei, e repito: Vim pra ficar dessa vez... é, sinto até falta da época do nossoblog, postagens diárias obrigatórias, baboseiras e mais peculiaridades... Não que algo tenha mudado, continuo quase que na mesma ladainha de sempre... quem acompanhou já conhece, logo, é ridículo que você Fake, perca seu tempo...

O dia hoje foi bom, um domingo diferente dos últimos... Foi como voltar aos velhos tempos, como antigas férias na casa de campo, só que agora, a casa de campo é moradia fixa dos meus pais. Salada de frutas com todas as frutas do quintal, banhada a muito leite condensado e creme de leite... A água da torneira congelando os dedos, e, todo mundo com receio de lavar o rosto de manhã... Aquela vontade de usar da água do chuveiro pra escovar os dentes é irresistível... O som tocando uma sinfonia peruana desconhecida, claro, coisa de minha mãe e suas manias... Pelo menos não era sertanejo arcaico hoje... Ao redor da casa muitos lírios vermelhos e brancos, pés de rosas cor de rosa e rosas brancas... E mini rosas de variadas cores... Mas, os lírios brancos serão sempre os inesquecíveis lírios brancos, que me deixam fascinada quando as borboletas pousam...

Tem cerca de 12 anos que saí de lá, mas, parece que foi ontem... Os pés de jabuticaba, mangueiras, jaca, goiaba, caju, laranja de várias qualidades, abacaxi, jambo, amora, acerola, pêssego, canela, pinha, graviola, abacate, banana, limão, romã, ingá entre outras que esqueci... Está tudo lá do mesmo jeito, no mesmo lugar, é fruta pro ano todo. O local expressa calmaria sempre, a neblina da manhã.

E, no inverno o sol demora tanto a aparecer naquele vale, são montanhas demais, e, a casa bem lá no meio... Em poucos dias vai vir o frio cortante, a casa perto do rio, muitas matas na região, aí fudeu, é frio sem piedade... Me lembro das férias, eu de manhã, apontando minha cabeça pra fora do edredom, e, o ar entrando no nariz que chega arder de tão gelado... O lugarzinho fusquido pra me deixar doida de frio...

O rio é outra parte inesquecível, toda vez que minha mãe via que eu ia lá tomar aquele banho, ela gritava: ISSO! Vai pegar shistose biscoito (ela as vezes me chamava assim, apelido carinhoso de criança), e tudo que for verme quanto poder ter por lá... Minha mãe é meio noiada com isso, é que na infância dela ela quase morreu com vermes pegos em águas contaminadas... Eu só acho graça, a água lá é bem mais limpa que a que sai das torneiras na cidade, e, é sem cloro ainda... Sem contar das matas, cheias de cobras, aranhas, besouros, abelhas, muitos insetos, e as GUARIBAS, isso, uns macacos que tem lá chamados de Guariba, os pequenos soins, e bichos silvestres hilários...

As vacas, as vacas, as vacas... Amo ir pro curral às 05:00 da manhã, tomar leite, bater um papo com o vaqueiro, isso no verão, é claro... No inverno só aponto a cabeça pra fora da casa depois das 08 da manhã... Por hora chega, lá é, e sempre vai ser meu refúgio feliz, perto de tudo que amo, mata, mato, terra, água, brisa gostosa e meus adorados animaizinhos... Dos cavalos? Falo outra hora, por que, os cavalos merecem um texto dedicado a eles...


Natália Vieira Costa