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05/08/2011 – Não vejo como me conformar com algumas coisas que você diz... Como alguém que me faz bem como a muito ninguém fazia, pode ser a pior coisa que aconteceu na minha vida?

... Estou gostando tanto de conhecer você, me sinto melhor do que antes, tenho no que pensar, tenho um momento pra esperar... Desde que te vi pela primeira vez, achei já interessante, e lindo de todas as formas, mesmo sem ter ouvido sequer a sua voz... Entre tantas pessoas diferentes que passaram por mim no último ano, nessa “vida nova”, nenhuma delas havia me chamado à atenção... É estranho até pra mim, ver alguém e ficar pensando, ficar observando esse alguém dia após dia... Pior ainda é fazer o que chamaria a atenção de muitos... Passar por você, e passar, e passar de novo, e tornar a passar, e sentar na sua frente, e te olhar... E mesmo assim nem ser notada, não receber sequer um olhar, nem uma passada de olho...

E eu nunca tinha pedido o número de um estranho e ligado para o mesmo, e, com a desculpa esfarrapada de vender trufas... eu queria ouvir sua voz de perto... Depois, como disse Nádia naquele mesmo dia: “Você ‘tá’ parecendo uma menininha de 14 anos de idade quando conhece alguém”. Isso por que, eu saí dizendo: “Viu? A voz dele é linda, linda, ele é uma ‘gracinha’... Claro, depois de me ver dia após dia tentando de formas toscas, tentar me fazer ser notada... Ahhhh, e ‘minha cara queimou’ quando liguei, e como... Eu até falei em por a cabeça no vaso ou num buraco, se tivesse um por perto...

Não pode me fazer mal... É no que eu quero acreditar sim... Não me faça mal... Eu gosto de você... É tão inteligente, tem uma voz linda, um cheiro delicioso, pele saborosa (tinha que ter!!!), e, confirmou minhas expectativas, é super interessante, interessantíssimo... Tem pensamentos muito seu, opinião própria, pensa por si mesmo, não influenciável por mídia, tem alguns valores que admiro...

Sempre soube que eu tinha que conhecer você... Vi a possibilidade de existir uma namorada, mas, mesmo assim eu queria pelo menos ter o prazer de uma simples conversa, eu precisava ver de perto o que me deixava tão inquieta todos os dias ao chegar e vê-lo naquele banco com um colega de sala... Quando não o via por lá, eu não ganhava a noite, era uma vez a menos, uma tentativa não tentada... Quando começamos a conversar, já entendia mais ou menos o por que de muitas coisas, no momento, entendo melhor ainda e, acredito que fiz o certo... Posso até me arrepender dessas palavras mais tarde, se eu me sentir ferida de alguma forma, e, tiver algo haver com você, é... Posso até me xingar muito por ter ido atrás do que me traria mal... Você fala com tanta convicção: “Moça, um dia você vai ver que eu fui/sou a pior coisa que aconteceu na sua vida”. Se eu não tivesse me apegado tanto, eu até me levantaria e sairia de perto, por medo, por fugir antes que chegue o ‘tal dia’...

Você tem seus amigos por perto, sai pra beber, ensaio, teatro, estágio... Comigo é diferente, tem mais de um ano que não tenho convivência alguma com meus amigos... Estou num lugar que, repito, detesto... Por aqui não sou querida também... O mais próximo que consegui até hoje, isso, você mesmo... Mais ninguém se aproximou assim de mim, de me conhecer... Ando com os dois pés atrás com tudo e com todos... Depois de muitas coisas, resolvi vim pra esse lugar com um novo lema pra minha vida: “ se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo”, e assim o tenho feito, só confiando em mim mesma, e, guardando tudo comigo, sendo fiel a mim...

Realmente, os problemas são muitos, a cada dia que passa aparece algum novo, de onde menos se espera, um nada haver com outro, de difícil resolução... Pretendo dar um jeito em tudo.... Só ta faltando coragem e criatividade, essa, a muito me deixou de mão...

Gosto muito de você, de uma forma que supera sua imaginação... Tem tanta coisa que eu queria dizer, só que tenho medo de te assustar, você as vezes parece tão frio, tão ‘sem sentimento’, me desculpe por dizer dessa forma, não achei outra palavra (ok! Não desculpa, mas, não me custa pedir). Já falei, eu sou quente demais, emotiva, tagarela, comunicativa e intensa no que falo... Mas, você me retrai de alguma forma, me deixa muito sem jeito... É preso demais a algo, fechado, e, eu não consigo me expressar da forma que desejo, não vejo sua ‘permissão’ para isso.... Lembra? No começo, eu tinha a teoria de ‘homem traumatizado’, eu sempre dizia, deve ser um trauma, um transtorno por causa de alguma mulher... Você disse que não, tudo bem... Chega né? O que era pra ser um parágrafo, passou de uma página, se eu me der bola, continuo por muito... =[

Nat,