Água mole em pedra dura...

terça-feira, 7 de maio de 2013



Ontem foi um dia horrível... eu só precisava de algo doce, de ser mimada um pouco. Mas você, claro: sou sincero, não falso, se magoa, só lamento. Só lamento, só lamento, você fala isso pra tudo... é duro, e grosseiro sempre, mesmo quando não é o que eu preciso... você tenta me enrijecer, é o que parece. E está conseguindo. Eu só queria o dia todo um abraço, uma palavra que me fizesse bem, que me acalmasse, que me desse sossego, pra eu pensar com clareza, mas só recebi pedradas. Você impõe liberdade e sinceridade de uma forma que odeio. Se algo ameaça sua liberdade, você sai chutando a coisa e gritando feito louco...

Mas que droga! Você sabe que amo os animais, que sinto por eles o que não sinto pelos 'humanos'. Eu acho que eu só queria ouvir que a Soninho ia ficar bem, que a gente podia levar ela no veterinário, que você pegasse nela e compartilhasse o cuidado que eu tava tento. Mas você não é eu. Eu só ouvi sua linda e dolorosa sinceridade, que ela vai morrer um dia, que eu vou morrer, que eu não sou veterinária, que tudo morre, que nada fica pra raiz   que ela cansou de ser a palhaça. Eu sou frágil, e sensível demais quanto a muita coisa. O que não significa que quero sofrer a toa. Não, eu não quero sofrer a toa. Eu só sinto a dor, e a expresso... as vezes o que preciso é de carinho, e de alguma palavra legal da sua boca. Mas só vem pedradas da sua sinceridade, que você iludido acha que ajuda em algo, mas só atrapalha. Se falasse um pouco com menos pessimismo e sei lá o que que você usa, ajudaria mais. Mas você é duro, e quer me enrijecer, me fazer não me importar com o que me move, que é a minha sensibilidade e meu amor excessivo pelo que gosto. E você está conseguindo. 

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA.

Espero que goste do que vai ter, do que vai sobrar no buraco que está abrindo...


Natália Vieira Costa

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