Crepúsculo II...

terça-feira, 16 de março de 2010


Preliminar das trevas, o crepúsculo é como se fosse o último esboço de alguém ante a uma morte. Como o último rabisco dado por mãos trêmulas, de cúmulos, nimbos e cirratos. Pequeno crepúsculo, o nosso. Aliás, ínfimo pedaço do Universo nós somos. Nem o menor grão de areia ou elétron tem importância menor que a nossa... E quedamos sempre com a mesma mesquinhice e sórdida compaixão. Os humanos esquecem-se deles mesmo. Matam-se aos poucos. Corroem-se de ódio. E, como o dia, tem seu crepúsculo. À noite, a chama da vida se apaga... E o ciclo recomeça, sempre e sempre.

Gabriel Rübinger

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