É, escrevo o meu ‘’post’’ de ano novo, após uma semana da virada do ano... Só desejo falar um pouco de expectativas, das minhas e das alheias. Cada qual tem seus sonhos para esse ano, mas, no geral temos muitas coisas em comum, todos desejam saúde, paz, muito amor, dinheiro, emprego, estudar, formar, viajar, sorrir... enfim, desejos comuns...
Ano novo, o que me vem à cabeça agora? Fogos, muitos fogos de artifício, praia, família, a cor branca e para e, o desconhecido. Esse ano, é o mais intrigante para mim, é o mais diferente. Nos anos anteriores as expectativas eram boas, no mês de janeiro eu sonhava com o mês seguinte... Como seria o novo ano? Tudo girava ao redor da escola. Se teriam alunos novos, quais professores iriam mudar, se haveria algum gatinho na sala de aula, rever os melhores amigos, bagunçar, ver as mudanças ocorridas na escola, contar os babados das férias, e promessas de que naquele ano eu iria estudar muito... E o ano começava, era quente, materiais novos, matérias novas, novos amigos, novos professores, muitas músicas marcantes e loucuras... e, em todo fim de ano a gente se reunia, fazia um amigo X/ sacanagem, cantávamos músicas ao violão, quem tocava era Alexande, e, depois Felipe... e era isso, a gente chorava, alguém da sala sempre se mudava de cidade...
Chegou o terceiro ano, a ficha começava a cair, as coisas mudavam, tínhamos de estudar bem mais que antes, a vida ia ficando mais dura, o fim bem próximo... No meio do ano me mudo para onde me encontro agora, me casei, abandonei aquele fim de ano que seria perfeito ao lado de meus amigos, seria de muita bebida, risadas, músicas, estudo, festas... acabei fugindo de tudo isso, para um mundo totalmente diferente, com escassez de amizades.
No momento, me recordo do pessoal da sala, todo mundo fazendo os vestibulares, sonhos variados com as melhores faculdades do país, é UFMG, UFV, UFBA, UFRJ etc. Cada pessoinha daquela vai para um canto, algumas poucas permanecerão no mesmo lugar.
Entendo que as coisas mudam, que tudo passa, só não achei que ocorreria tão rápido. Sei que temos que nos desenvolver, virar adultos, trabalhar. Mas, o colegial poderia durar eternamente, passou num piscar de olhos, não sei como, é como se ontem eu estivesse na oitava série, e depois priemiro ano, e o desespero das provas finais, medo de recuperação, brigas com professores, cinema com amigos, comprar o lanche, as gincanas, os jogos internos, excursões do Cna. Sim, Cna, meu curso de inglês vuou, é como se eu tivesse começado semana passada, e agora pum! Um fim, fim de um começo.
É inaceitável como as coisas mudam 100% repentinamente. Pra esse ano espero tanta coisa, é tão desconhecido, agora é faculdade, quem sabe um emprego, um dia formar, ter filhos, e a vida passou, só isso... Sinto falta das tardes na biblioteca, empadas em seu bida, bombons em Arlete, coxinhas de catupiri na cantina, tudo acompanhado de minha macaquinha Talita... Nunca imaginei que era tão bom ficar com ela terça e quinta na hora do almoço. Que delícia era sentar com ela na calçada e comer chocolate, estar em seu bida empé comendo empadas, com suco, catchup, maionese, chupar brasinha... Ir pra Arlete conversar baboseiras... e ir pra biblioteca, nós duas, tentar dormir na sala das crinças... Coisas simples, simples demais, singulares, e nada tem preço, eu amaria voltar naquela terça feira amiga, aquela de sempre, em que a gente fazia as coisas de sempre, comer bobeiras demais, cantar, ouvir músicas, conversar com Arlete, ir pra biblioteca ler. Zuar com Wellington, com Amanda, Felipe... E sempre que tínhamos provas de tarde, ou no dia seguinte, a gente comia ‘’voando’’ e corríamos para a biblioteca para estudar, fazer planos de como colar, fazer as colas... Tality? Ei. Te amo muito. To ouvindo Scar tissue...
Sabe minha linda, penso em como será sua vida tamém, se você for mesmo fazer cursinho fora, acho que você vai sofrer muito... é parecido com minha vida um pouco... Um ligar longe, sem nossos amigos, sem ninguém, sem família, sem as pessoas de costume, sem usar muito a Internet, sem Teixeira, sem alcibaça, sem o Ifa... Novas pessoas, um novo lugar pra estudar, as coisas mais complicadas... e você, sempre tão protegida, sempre tão guardada por seus pais... e de que adiantou ser tão guardada? A menininha de mamãe vai ter que sair não é mesmo? Voar pra vida certo? Espero que tudo dê certo pra você, e pra mim. Eu não superei ainda, não me conformei por ter estado ausente no curto tempo que restava de agosto, setembro, outubro, novembro... Eu vou demorar superar ainda, e acho que, isso passa, vai passar um dia... e pra você também... e, sei lá, eu queria te dizer muito, e te abraçar, e voltar pra oitava série, e poderia ficar sempre no segundo ano... ... Já chega por agora... Te amo, sinto sua falta, sorte na vida... O texto que comecei a escrever... Não era pra tomar esse caminho... me desviei 100%, era pra falar do ano novo e das expectativas... rsrsrs’
Natália Vieira Costa
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- - O inegável de mim: Natália, 24 anos. Somos sempre suspeitos a falar de nós mesmos. Podemos ''mentir muito'' ao nos caracterizar... Acho que vê melhor, quem está por fora... Direi o suficiente...Sinto prazer em ler e escrever... desenhar, pintar e ver filmes... Procuro na escrita uma maneira de me expressar, não para o mundo, mas, para mim mesma... Me compreendo dessa forma.. Cada texto meu é como estou me sentindo no momento. Posso olhar o que escrevi hoje, e alguns meses depois rir daquele dia ao ver que tudo passou.. .Ou me sentir um pouco mal ao recordar por minhas palavras o quão grande foi a dor naquele momento... Quem nunca sofreu um pouco por causa da nostalgia que é viver...?
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Se olho para essas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições.! Em cada nuvem, em cada arvore, na escuridão da noite, refletida de dia...
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