16/03/2011- Agora sim, 18 anos. Só me encontro meio perdida. Tão só e tão triste, e sem ninguém para abraçar, sem ajuda ou consolo. E ouvir que não é mais amada, e de ser rejeitada, empurrada, ignorada... Machuca tanto, faz doer tanto, o coração acelera, o nariz entope de tanto chorar, e a cabeça parece que está sendo esmagada, é um aperto insuportável, de tirar o fôlego. E o não saber o que fazer depois é o pior. Quando a razão de minha vida parece estar desaparecendo, me deixando aos poucos, me despedaçando a cada dia, me torturando com tanta indiferença... Não respondendo aos meus carinhos, abraços, afagos... Indiferença plena às minhas palavras... Como as pessoas podem mudar tanto? Como uma vida pode mudar tanto? Por que tanta vontade de fazer o tempo voltar? Deveria sim voltar, eu seria menos tola, seria mais feliz, não me apaixonaria, não sofreria... Por que as lágrimas não param de cair? Derramam até formar poças... as olheiras se apresentam tão nítidas por hora, Parece que o meu mundo vai desabar... deveria sim desabar tudo, de preferência encima de minha cabeça... Doeria bem menos do que viver... Não é necessário viver sem uma vida... viver sem uma alma ou sem um amor que faça eu me sentir amada... A insegurança toma conta e me dilacera tanto, eu queria fugir... correr... me isolar.. me esquecer de tudo... abraçar Talita, chorar e chorar.. e desabafar... e que ela me fizesse rir, rir do que passou, do que nunca mais irá voltar... Tempos de verdadeira amizade, verdadeiro amor, esse que nunca irá se acabar, que resiste ao tempo, às brigas, a tudo... Sinto falta de beijos ardentes, de belas palavras, daquela voz doce que sempre me deu segurança... aquele abraço quente antes de dormir, o peito que me deu repousos por tantos dias e noite. Começo a achar que nunca mais terei isso de novo... Penso até que nem quero mais isso novamente... Para que me acostumar mais e mais? Para depois ficar sem e doer bem mais? Me vejo mais esburacada do que tudo, uma casa velha prestes a cair... é que estou sem base, sem apoio, sem chão, sem telhado... São só paredes fracas e quebradiças de uma casa abandonada, que de ficar só não precisa mais existir. Só queria a piedade de Deus. Nunca fui Santa, mas, sou tão adorável com meu ser amado. O idolatro, o deixo no meu pedestal imaginário. É que agora ele perdeu o posto de idolatrado, mas, um príncipe nunca deixa de ser príncipe, um neguinho nunca deixa de ser neguinho, e, meu bebe poderia ser sempre o meu Bê. Era para ser pra sempre, mesmo que eu sempre soube que o para sempre nunca existe. É tão bom amar, sonhar, imaginar... E quando esses planos acabam? Com quem sonhar? Quem abraçar? Deus deveria me dar mais paz... acaba logo com isso, ou bem fica, ou bem vai! É insuportável essa agonia de não saber ao certo se sim ou se não... Seria preferível logo o sim, ou logo o não... Só quero uma resposta rápida Deus. Me sinto cansada dessa depressão, parece uma depressão mesmo, uma vontade de deixar de existir, de sumir... Isso me assola as vezes. E ele se contradiz sempre. Ora ama, ora não. Ora é para sempre, ora irá acabar logo. Acho desnecessário doer mais, deveria acabar logo e bem logo. E cedo e bem cedo....
Em alguns dias me acho tão cheia, cheia de todo esse presente, cansada do agora. Me encontro de uma forma que nunca me encontrei. Tediosa, pobre em pensamentos. Acho tudo e todos medíocres. Sinto falta do passado. Mas, às vezes sinto uma nostalgia odiosa. As vezes, odeio lembrar , pensar no que era, no que poderia ter sido, nas escolhas. Não é de fato arrependimento, é só dúvida, cruel e atroz. Sim, estou dilacerada, estou me rasgando mesmo, de uma forma inusitada e desconhecida...
O interessante é que alguns danos causados, tem variadas conseqüências. Alguns corações ao serem partidos, se desmoronam, a pessoa fica cabisbaixa, triste, melancólica, se martiriza, pede perdão... Outros corações partidos, são como o meu. Fico rude, choro muito, é de raiva e nostalgia pura, é de desejo de vingança até, mas, não vontade de separação. No momento de agora, choro muito, me sinto péssima, meio sem rumo, penso idéias loucas, sonho o impossível... Sou sempre ferida, tão sensível, e tão faladora... E a indiferença me destrói por dentro e de novo, I’m torn and you are a little late...
Natália Vieira Costa
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- - O inegável de mim: Natália, 24 anos. Somos sempre suspeitos a falar de nós mesmos. Podemos ''mentir muito'' ao nos caracterizar... Acho que vê melhor, quem está por fora... Direi o suficiente...Sinto prazer em ler e escrever... desenhar, pintar e ver filmes... Procuro na escrita uma maneira de me expressar, não para o mundo, mas, para mim mesma... Me compreendo dessa forma.. Cada texto meu é como estou me sentindo no momento. Posso olhar o que escrevi hoje, e alguns meses depois rir daquele dia ao ver que tudo passou.. .Ou me sentir um pouco mal ao recordar por minhas palavras o quão grande foi a dor naquele momento... Quem nunca sofreu um pouco por causa da nostalgia que é viver...?
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Se olho para essas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições.! Em cada nuvem, em cada arvore, na escuridão da noite, refletida de dia...
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... ... só ...... .. sempre só .... ... estou sempre assim... eterna solidão... eterna dor.. infinito mal estar.. frio... está tão frio....
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